segunda-feira, outubro 30, 2006

Da série Amor fantasma

Before Sunset




Às vezes tornamo-nos cínicos, porque temos de guardar o romântico lá atrás, no fundo de um coração em que já não nos queremos reconhecer. Trocamos o romance por doses de realidade, numa espécie de conformismo falso. Às vezes, estamos só à espera que seja possível voltar a acreditar. Há amores que voltam sempre.

Uma sequela de culto para outro filme de culto "Before sunrise", que cresceu com os seus actores e autores. Mas que principalmente cresceu com os seus espectadores. O "Before sunrise" era-me já insuportável de ver, por ser tão ingénuo. O brilhantismo deste filme vive exactamente disso, olha para trás, vê a ingenuidade e acrescenta as belíssimas rugas. Reconciliamo-nos com o filme passado, com o próprio passado e, no final, queremos voltar a acreditar.


Jesse: You want to know why I wrote that stupid book?
Celine: Why?
Jesse: So that you might come to a reading in Paris and I could walk up to you and ask, "Where the fuck were you?"
Celine: [laughing] No - you thought I'd be here today?
Jesse: I'm serious. I think I wrote it, in a way, to try to find you.
Celine: Okay, that's - I know that's not true, but that's sweet of you to say.
Jesse: I think it is true.

quinta-feira, outubro 26, 2006

Le temps qui reste, de François Ozon*




Sobre como lidar com uma morte próxima, a própria.
Como escolher vivê-la sozinho, partilhando-a apenas com alguém na mesma situação, uma espécie de orgulho dos quase-mortos.
O tempo que resta pode ser ocupado de formas diferentes. Há sempre um tempo que resta, para todos. O que foi bonito na escolha desta personagem foi a calma e a serenidade. Bonito o filme, o actor (upa upa!) e a escolha.

terça-feira, outubro 10, 2006

Elizabeth, de Shekar Kapur


sobre uma mulher num mundo de homens, sobre a escolha entre o amor e o poder e como por vezes se escolhe o poder por amor a um povo.
um filme lindo, com uma cate blanchet majestosa.

mais que a história de uma rainha a história de uma mulher, meiga e forte, abdicando de si por outros.
(não estou a falar na real história da rainha, que não verifiquei, sei lá eu! estou a falar do que foi contado neste filme.
a acompanhar tb a série que estreou ontem com o jeremysexyvoiceirons)



Sir William Cecil, Lord Burghley: Forgive me, Madam, but you are only a woman...
Elizabeth: [cuts him off] I may be a woman, Sir William, but if I choose I have the heart of a man!
Elizabeth: [firmly] I am my father's daughter, and I am not afraid of anything.

segunda-feira, outubro 09, 2006

Da série A trabalheira que isto dá

As bonecas russas




O amor como cenoura. E nós a vacilar, a andar e a recuar. À procura da última das bonecas. E ao mesmo tempo a tentar seguir um sentido qualquer.


Xavier: What's all this shit about love? How do we get so nuts? The time we waste! When you're alone, you cry, "Will I find her?" When you're not- "Does she love me as much as I love her?" "Can we love more than one person in a lifetime?" Why do we split up? All these fucking questions! You can't say we're uninformed. We read love stories, fairy tales, novels. We watch movies. Love, love, love...!
Isabelle: You could just call her back.

terça-feira, outubro 03, 2006

Le Goût des Autres, de Agnès Jaoui






superficialmente, há tanto que nos pode separar!