sexta-feira, março 16, 2007

Half Nelson de Ryan Fleck e Anna Boden



Sobre a solidão e sobre a solidão e sobre a solidão e sobre a amizade. A NÃO PERDER!


Dan: The sun goes up and then it comes down, but everytime that happens what do you get? You get a new day.

sexta-feira, março 02, 2007

American Beauty de Sam Mendes






vale a pena pela personagem "Ricky Fitts". uma daquelas personagens profundamente interessantes, pelo consistentes que são, pelo fortes que conseguem ser, pelo generosas porque tão seguras.
e pelo nosso heroi, claro, o Lester, que mostra que é possivel mudar de vida se não se está satisfeito.


Ricky Fitts: It's like God's looking right at you, just for a second, and if you're careful you can look right back.
Jane Burnham: And what do you see?
Ricky Fitts: Beauty.

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Little Children, de Todd Field




o titulo em inglês é bem melhor que o título em português, para não variar.
o titulo "little children" é muito bom. quase todas as personagens do filme são pequenas crianças, de facto. há momentos obvios de infantilidade.
sobra a mãe, imensa, enorme.

o filme está muito bem realizado, surpreende.
o filme tem interpretações fantásticas, com uma kate winslet à flor da pele
(impressionante como consegue ser tão tão bonita, como parece ainda mais bela que a lindissima jennifer connelly)


um filme que (também) é sobre redenção. profundamente humano, mas surpreendentemente positivo.



May McGorvey: There are four columns of lonely women in here, and only one of lonely men. The odds are on our side. Now why wouldn't any of these women want to meet a nice man like you?
Ronald James McGorvey: I'm not a nice person.

quinta-feira, novembro 02, 2006

Vera Drake, de Mike Leigh












um filme para os dias de hoje, com o referendo à porta.
um filme de um grande realizador, com grandes personagens, com uma fotografia belissima.
um filme sobre a doçura e sobre ser mulher e sobre ser forte de uma forma aparentemente frágil.



Reg: It ain't fair. Me mum brought up six of us in two rooms. If you can't feed 'em, you can't love 'em, now can you?

segunda-feira, outubro 30, 2006

Da série Amor fantasma

Before Sunset




Às vezes tornamo-nos cínicos, porque temos de guardar o romântico lá atrás, no fundo de um coração em que já não nos queremos reconhecer. Trocamos o romance por doses de realidade, numa espécie de conformismo falso. Às vezes, estamos só à espera que seja possível voltar a acreditar. Há amores que voltam sempre.

Uma sequela de culto para outro filme de culto "Before sunrise", que cresceu com os seus actores e autores. Mas que principalmente cresceu com os seus espectadores. O "Before sunrise" era-me já insuportável de ver, por ser tão ingénuo. O brilhantismo deste filme vive exactamente disso, olha para trás, vê a ingenuidade e acrescenta as belíssimas rugas. Reconciliamo-nos com o filme passado, com o próprio passado e, no final, queremos voltar a acreditar.


Jesse: You want to know why I wrote that stupid book?
Celine: Why?
Jesse: So that you might come to a reading in Paris and I could walk up to you and ask, "Where the fuck were you?"
Celine: [laughing] No - you thought I'd be here today?
Jesse: I'm serious. I think I wrote it, in a way, to try to find you.
Celine: Okay, that's - I know that's not true, but that's sweet of you to say.
Jesse: I think it is true.

quinta-feira, outubro 26, 2006

Le temps qui reste, de François Ozon*




Sobre como lidar com uma morte próxima, a própria.
Como escolher vivê-la sozinho, partilhando-a apenas com alguém na mesma situação, uma espécie de orgulho dos quase-mortos.
O tempo que resta pode ser ocupado de formas diferentes. Há sempre um tempo que resta, para todos. O que foi bonito na escolha desta personagem foi a calma e a serenidade. Bonito o filme, o actor (upa upa!) e a escolha.

terça-feira, outubro 10, 2006

Elizabeth, de Shekar Kapur


sobre uma mulher num mundo de homens, sobre a escolha entre o amor e o poder e como por vezes se escolhe o poder por amor a um povo.
um filme lindo, com uma cate blanchet majestosa.

mais que a história de uma rainha a história de uma mulher, meiga e forte, abdicando de si por outros.
(não estou a falar na real história da rainha, que não verifiquei, sei lá eu! estou a falar do que foi contado neste filme.
a acompanhar tb a série que estreou ontem com o jeremysexyvoiceirons)



Sir William Cecil, Lord Burghley: Forgive me, Madam, but you are only a woman...
Elizabeth: [cuts him off] I may be a woman, Sir William, but if I choose I have the heart of a man!
Elizabeth: [firmly] I am my father's daughter, and I am not afraid of anything.